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KAREN EPPINGHAUS
Musical Elza - Maio de 2019
Premiado espetáculo que conta a história da cantora Elza Soares, a partir de um elenco (atrizes e banda) formado apenas por mulheres. Abordando temas como racismo, machismo, pobreza, violência doméstica, desigualdade social, o musical não só fala da vida de Elza, que foi densa, com muitos episódios de dor e sofrimento, mas fala à toda a sociedade, que, em alguma medida, tem que lidar diariamente com as mesmas questões. Um espetáculo que arrebata pela força do texto, pela potência das vozes dessas muitas Elzas, pela fala precisa e pelo posicionamento, pela direção musical, banda, iluminação, mas, sobretudo, pela força da história dessa mulher, que assume o protagonismo de sua vida, enfrenta os desafios e se faz vitoriosa. Uma importante lição de alegria, coragem, força e determinação para enfrentar as injustiças do mundo.
Onde Estão os Miseráveis - Novembro de 2018
Adaptação do grande clássico musical "Os Miseráveis", de Victor Hugo, o espetáculo conta a conhecida história de Jean Valjan, cuja vida é marcada pela desigualdade social e injustiça, algo que vem se repetindo em todas as épocas, o que torna a temática absolutamente atual. Assim, com uma roupagem contemporânea, o espetáculo se utiliza desta narrativa mundial para discutir temas urgentes como racismo, violência contra a mulher, direitos civis, questões relativas a gênero, luta de classes, sistema prisional brasileiro, formas modernas de escravidão, escola sem partido, dentre outros.
Carolina Maria de Jesus – Diário de Bitita - Maio de 2019
O monólogo, representado pela sensível atriz Andréia Ribeiro, conta a história de Carolina de Jesus, uma das primeiras escritoras negras do Brasil, tida hoje como uma das mais relevantes para a literatura nacional. Carolina foi uma escritora improvável. Para sustentar sua família, catava papel pelas ruas de São Paulo. Dentre o material que revirava no lixo todos os dias, encontrava obras de grandes autores e papéis que utilizava para registrar o seu cotidiano e os seus pensamentos. Contraditoriamente, sua condição de catadora de papel a permitiu ler e produzir literatura diariamente. Seu primeiro livro, “Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada”, publicado em 1960, foi o resultado da reunião de seus diários. A obra foi traduzida em 16 idiomas e vendida em mais de 40 países, tornando-a conhecida em todo o mundo, enquanto no Brasil, ainda hoje, muitos desconhecem o seu legado. A esta obra se seguiram outras três publicadas em vida, havendo outros tantos textos ainda inéditos. Bitita denunciou o preconceito, a segregação, a miséria, a violência e a opressão de sua época, através de uma reflexão social e política ainda hoje tão necessária. Citada quase sempre como precursora da chamada literatura de periferia, Bitita vai além. Ao contar a sua história, Carolina de Jesus conta a história de muitas outras mulheres que, assim como ela, apostam em um sonho para vencer suas realidades sufocantes. A primeira atriz a representar Carolina de Jesus nos palcos foi a inesquecível Ruth de Souza, que, ainda em vida, abençoou esta nova montagem sobre a vida de Bitita ensinando a Andréia Ribeiro como amarrar o turbante na cabeça, da mesma forma que a própria Carolina de Jesus fez com D. Ruth. Carolina de Jesus Vive!
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